Quando você ouve a palavra dízimo e oferta o que vem a sua mente? Não precisa responder! Você veio aqui tirar suas próprias conclusões porque algo está te deixando incomodado. Te entendo. Esse é um tema muito repercutido nas igrejas e no mundo, e o que era para ser um motivo de alegria para o seu humano, virou um fardo.
Os ouvidos começam a coçar só de ouvir falar em dízimo e oferta. Seu coração fecha, e a sensação é de estar sendo enganado. ”Não vou ficar dando meu dinheiro para pastor”, quem nunca disse isso ou ao menos pensou? Afinal, nosso suado dinheiro que batalhamos para conseguir não pode ser empregado em qualquer coisa, nós queremos satisfação, certo?
Com isso, surgem vários questionamentos:
- O que a Bíblia diz sobre dízimo e oferta?
- Onde está escrito na Bíblia que tem que dar 10% do dízimo?
- O que Jesus falou sobre o dízimo?
- O novo testamento fala sobre dízimo?
- É pecado não dar o dízimo?
- Qual a importância de ser dizimista e ofertante?
- Dízimo é lei ou mandamento?
Até que todas essas e outras dezenas de perguntas sejam respondidas, você vai continuar com a pulga atrás da orelha. Eis o motivo pelo qual eu decidi escrever esta carta.
Vou te explicar em detalhes, o que a Bíblia nos ensina sobre dízimo e oferta, e você vai ficar chocado com o que eu descobri. Eu encontrei evidências que, em nenhum outro lugar você vai encontrar. Não é da boca pra fora! Eu vivi na pele uma das experiências mais tristes e deprimentes da minha vida.
Eu sei o que estou falando! E se você entender o que vou te explicar durante esta carta, sua vida vai mudar. Enganado você não vai ficar.
Meu objetivo é abrir seus olhos com relação a dízimo e oferta. Eu vou jogar limpo com você e lançar as cartas na mesa, sem filtro, sem enrolação. Você merece saber toda a verdade!
Preste bastante atenção porque o que você vai aprender será libertador.
O que é Dízimo e Oferta? Qual é o Verdadeiro Propósito de Cada um?
Primeiramente, o que é dízimo e oferta? Quando falamos de dízimo e oferta, estamos entrando em um ponto que tem relação direta com a fé, gratidão e generosidade. Essas práticas são mais do que simples “entregas financeiras” – elas carregam significados profundos de adoração, reconhecimento da soberania de Deus e sustento da obra.
Mas como tudo isso começou? O dízimo é uma lei? Qual é o verdadeiro propósito dessas práticas? Vamos nos aprofundar no contexto, quebrar todos os mitos e entender qual a diferença entre dízimo e oferta.
O que é o Dízimo?
Dízimo, vem do hebraico “maaser”, significa “um décimo” ou 10% de algo. O dízimo é, literalmente, 10% de tudo o que recebemos. E ele é visto como uma responsabilidade regular, ou seja, um ato que deveria ser praticado constantemente.
Mas agora vem a grande pergunta:
O dízimo é lei ou mandamento?
A resposta é: Nenhum dos dois!
Dízimo é um princípio Bíblico, o que vai muito além da lei ou qualquer mandamento. (Eu vou te contar uma coisa sobre isso mais pra frente que vai te deixar de queixo caído).
Mas antes, deixe-me terminar de te explicar e você vai entender o porque da minha resposta.
Na Bíblia, o dízimo é mencionado pela primeira vez com Abraão, muito antes da Lei de Moisés, quando ele deu o dízimo de tudo ao sacerdote Melquisedeque.
”E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo.”
Gênesis 14:19:20
Mais pra frente, em Gênesis 28:20-22, você vai ver que Jacó prometeu dar o dízimo de tudo que Deus lhe concedesse, reconhecendo a soberania de Deus sobre seus bens.
”E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e roupas para vestir, E eu em paz retornar à casa de meu pai, o Senhor me será por Deus; E esta pedra, que pus por coluna, será casa de Deus; e de tudo quanto me deres certamente te darei o dízimo.”
Gênesis 28:20-22
Aqui, mais uma vez, vemos que o dízimo foi um ato praticado pelos que creram em Deus, antes mesmo da lei. Só depois, o dízimo passa a ser lei.
No Antigo Testamento, o dízimo passou a fazer parte da Lei mosaica. Era obrigatório e essencial para o funcionamento do sistema religioso e social de Israel. Esta afirmação está baseada em Levítico 27:30.
“Todos os dízimos da terra — seja dos cereais, seja do fruto das árvores — pertencem ao SENHOR; são consagrados ao SENHOR”
Levítico 27:30
No Novo Testamento, porém, não há um mandamento específico obrigando os cristãos a dizimarem, mas o princípio permanece como um ato de fé e gratidão. Jesus mencionou o dízimo, mas destacou que ele deve vir acompanhado de justiça, misericórdia e fé.
“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas sem negligenciar aquelas”
Mateus 23:23
Aqui, Jesus estava repreendendo os fariseus porque eles estavam dizimando, mas esquecendo do mais importante que era a justiça, misericórdia e fidelidade. Eles eram muito religiosos, e oprimiam o povo colocando sobre eles um fardo que nem mesmo eles conseguiam carregar.
Eles eram injustos, sem misericórdia e fidelidade a Deus. Tudo não passava de atos religiosos. E Jesus, chamando-os de hipócritas, os repreendeu.
Mas olha só que interessante: Jesus destaca que ”vocês devem praticar estas coisas”, ou seja, o ato de dizimar é algo que, independente de ser um mandamento ou lei, ele deve ser praticado. Contudo, como ato de justiça, misericórdia e fidelidade.
Em resumo: o dízimo não é uma imposição legal para os cristãos, mas um princípio eterno de honra a Deus. Ele não se limita à Lei porque já existia antes dela, lembra? Antes do dízimo virar lei, abraão e Jacó, como mencionados, já dizimavam, e todos eles vieram antes da lei.
Muita gente acredita que o dízimo nasceu com a Lei de Moisés, mas isso não é verdade. Abraão e Jacó já praticavam o dízimo como um ato espontâneo de fé e gratidão a Deus.
E esses exemplos mostram que o dízimo é mais do que uma “regra”. É uma forma de dizer: “Deus é meu provedor, e eu confio Nele com o que tenho.”
Mesmo fora da Lei, o dízimo carrega o mesmo propósito: honrar a Deus e investir na Sua obra.
Qual era o verdadeiro propósito do dízimo?
Quando o dízimo veio a ser lei, ele passou a ter um propósito mais específico:
- Sustento dos levitas e sacerdotes
- Suprimento das necessidades dos órfãos, viúvas e estrangeiros
Onde está escrito isso, Andrew? Vem que eu te mostro.
Em Números 18:21, está escrito que os dízimos eram entregues ao levitas e sacerdotes que trabalhavam no templo. O que nos deixa a entender que, por trabalharem na obra de Deus, eles deveriam ser recompensados com um ”salário”.
”E eis que aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu serviço que realizam, o serviço da tenda da congregação.”
Números 18:21
No Novo Testamento, Paulo escreve em sua carta a Timóteo a respeito disso.
”Pois as Escrituras dizem: Não amordacem o boi para impedir que ele coma enquanto debulha os cereais, e também: Aqueles que trabalham merecem seu salário.”
1 Timéteo 5:18 (Versão NVT)
O que Paulo está dizendo aqui é: não impeça o trabalhador de comer enquanto trabalha, e que todo o seu esforço seja recompensado com um salário.
Sobre suprir as necessidades dos órfãos, viúvas e estrangeiros, o livro de Deuteronômio afirma:
”De três em três anos juntem a décima parte das colheitas daquele ano e guardem nas cidades onde vocês moram. Essa comida é para os levitas, pois eles não têm terras próprias; é também para os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que moram nas cidades de vocês. Assim todos eles terão toda a comida que precisarem. Façam isso para que o SENHOR, nosso Deus, abençoe todo o trabalho de vocês.”
Deuteronômio 14:28-29 (Versão NTLH)
De forma simples, o dízimo tem um propósito maior do que apenas sustentar uma igreja ou ministério. Ele serve para:
- Honrar a Deus como Senhor de tudo o que temos (Provérbios 3:9).
- Sustentar a obra de Deus, seja no templo, seja nas ações de caridade (Malaquias 3:10).
- Ensinar generosidade e dependência de Deus – quando entregamos o dízimo, reconhecemos que tudo o que temos vem Dele.
Mas atenção: o dízimo não é uma troca com Deus. Não damos esperando bênçãos financeiras em troca, mas confiamos que Deus cuida de nós.
O que é a Oferta?
A oferta é uma doação voluntária feita a Deus como expressão de gratidão, adoração e amor. Diferentemente do dízimo, não há um percentual específico; ela reflete a generosidade e o coração do ofertante.
Se o dízimo é baseado em um percentual (10%), a oferta é completamente voluntária. Ela nasce do coração de quem deseja agradecer, abençoar ou contribuir para a obra de Deus.
No Antigo Testamento, as ofertas foram usadas para construir o tabernáculo.
“O SENHOR disse a Moisés: — Diga aos filhos de Israel que me tragam uma oferta. De todo homem cujo coração o mover para isso, dele vocês receberão a minha oferta”
Êxodo 25:1-2
Aqui Deus fala diretamente a Moisés para que recolhesse ofertas, mas ofertas específicas, como por exemplo o ouro, prata, tecidos, couros e outras coisas mais para que fosse construido o tabernáculo.
Outra forma em que a oferta foi usada no Antigo Testamento foi para sustentar pessoas em necessidade.
”Cuidado! Que nenhum de vocês alimente este pensamento perverso: “O sétimo ano, o ano do cancelamento das dívidas, está se aproximando, e não quero ajudar o meu irmão pobre”. Ele poderá apelar para o Senhor contra vocês, e vocês serão culpados desse pecado. Deem‑lhe generosamente e sem relutância no coração, pois, por isso, o Senhor, o Deus de vocês, os abençoará em todo o seu trabalho e em tudo o que fizerem. Sempre haverá pobres na terra. Portanto, eu ordeno a vocês que sejam generosos com os seus irmãos israelitas, tanto com o pobre como com o necessitado da sua terra.”
Deuteronômio 15:9-11 (Versão NVI)
Aqui, em específico, Deus estava alertando e ordenando o povo a ofertar com amor e generosidade, pois sempre haverá pobres na terra e a oferta era o seu único meio de sobrevivência.
Já no Novo Testamento, vemos exemplos de generosidade espontânea, como a igreja primitiva que vendia bens para ajudar os necessitados.
”Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.”
Atos 2:44-45 (Versão ARA)
Esse era uma ato de quem realmente tinha se convertido a Deus e entregado o seu coração a Ele. Isso nos mostra que o ato de ofertar é algo que só faz quem realmente conheceu a Jesus, é como se fosse automático.
Uma vez que você tem um encontro real com Cristo, a sua natureza muda. Você passa a ser mais generoso, bondoso e ter um alto temor a Deus.
Qual era o verdadeiro propósito da oferta?
A oferta tem como propósito principal:
- Expressar gratidão a Deus por Suas bênçãos.
- Abençoar outras pessoas, especialmente as que passam por dificuldades (2 Coríntios 9:7).
- Investir no Reino de Deus, financiando missões, projetos sociais e o avanço do evangelho.
Como já havia mencionado, a oferta é um ato de quem tem o coração grato e, por esse motivo, abençoa ou contrinui com a obra de Deus de forma totalmente voluntária, independente do valor.
Qual a Diferença Entre Dízimo e Oferta?
A principal diferença entre dízimo e oferta está no propósito e na forma:
- O dízimo é uma prática regular (10%), com base no princípio de honra e provisão para a obra de Deus.
- A oferta é voluntária, sem percentual fixo, guiada pelo coração e pela gratidão.
Ambos, no entanto, têm algo em comum: são expressões de adoração. Deus não precisa do nosso dinheiro – Ele deseja nosso coração e nossa fé.
O dízimo e a oferta não são apenas práticas financeiras, mas ferramentas espirituais que nos ajudam a alinhar nossa vida com Deus. O dízimo nos ensina a honrá-Lo como Senhor de nossas finanças, enquanto a oferta nos ensina a ser generosos e sensíveis às necessidades ao nosso redor.
Seja você praticando o dízimo, dando ofertas ou ambos, lembre-se: o mais importante não é o valor, mas a intenção do coração. Afinal:
“Deus ama quem dá com alegria.”
2 Coríntios 9:7
Lembre-se disso!
O Dízimo e Oferta são Obrigatórios?
Depois de ler e entender sobre tudo isso, a pergunta que fica é: o dízimo e oferta são obrigatórios?
Bem, para te explicar isso em detalhes, eu quero te contar uma experiência que vivi durante longos 4 anos em que passei por uma crise de escasez financeira severa. Eu não tinha dinheiro nem para comer direito.
Nisso eu já era casado, tinha filhos e passei por uma depressão terrível. Tudo isso por causa de dízimo e oferta.
Por isso eu lhe peço que preste bastante atenção e leia com cuidado! Isso que eu vou te contar agora é algo íntimo e delicado demais. São fatos reais. E eu tenho certeza que, quando terminar de ler essa carta, você nunca mais vai enxergar o dízimo e oferta da mesma maneira.
Bom, para começar, eu quero te lembrar que dízimo e oferta é um princípio. E princípio é algo que vai muito além da lei e mandamento.
O que é um Princípio?
Um princípio é uma verdade fundamental, uma base que permanece constante e imutável, independentemente do tempo, das circunstâncias ou da opinião humana. Ele é como uma lei universal que rege o funcionamento de algo, e qualquer tentativa de alterá-lo o desconfigura ou transforma em outra coisa.
Um exemplo prático: a molécula de água
Para termos água, precisamos da fórmula exata: H₂O. Se mudarmos essa fórmula, mesmo que minimamente, ela deixa de ser água. Por exemplo, ao adicionar mais um átomo de oxigênio, a fórmula se torna H₂O₂ – o peróxido de hidrogênio, uma substância completamente diferente. Isso ilustra que um princípio não é flexível ou negociável. Para alcançar o resultado desejado, precisamos respeitar a estrutura original.
Deus é ”O Próprio Princípio”
A Bíblia nos ensina que Deus é o próprio Princípio:
“No princípio criou Deus os céus e a terra.”
Gênesis 1:1
Isso significa que tudo o que existe teve sua origem em Deus. Ele é a fonte de tudo, a razão pela qual tudo existe, e Ele próprio é imutável:
“Eu sou o Senhor, e não mudo.”
Malaquias 3:6
Assim como a fórmula da água não pode ser alterada sem mudar sua essência, Deus não muda, e os princípios que Ele estabeleceu no universo também não mudam. Ele é eterno, constante e perfeito.
Quando a Bíblia diz que Deus é o princípio, ela está afirmando que:
- Tudo começa com Ele: Não há nada que exista sem que tenha sido criado por Deus.
- Ele é a fonte de todas as coisas: Assim como H₂O é essencial para a existência da água, Deus é essencial para a vida e a ordem do universo.
- Ele é imutável: Sua essência, caráter e leis não se alteram. O que Ele estabeleceu como verdade continua sendo verdade, independentemente do que pensamos ou desejamos.
“Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.”
Hebreus 13:8
Compreender o conceito de princípio nos ajuda a enxergar que existem verdades que não podemos ignorar ou alterar. Se tentarmos “redefinir” um princípio divino, o resultado será algo diferente do que Deus planejou. Por exemplo:
- Deus estabeleceu o princípio de semeadura e colheita. Tudo aquilo que plantar, certamente colherá. Se ignorarmos isso, não colheremos o que desejamos.
- Ele definiu que a verdade liberta (João 8:32). Se tentarmos viver em mentiras, perderemos a liberdade.
Os princípios são o alicerce para viver em alinhamento com a vontade de Deus e experimentar as bênçãos que Ele tem para nós.
O dízimo e a oferta, caso não tenha percebido ainda, é um princípio estabelecido por Deus.
Dízimo e Oferta é um Princípio
Tanto o dízimo quanto a oferta são princípios imutáveis estabelecidos por Deus, que operam de forma semelhante às leis universais, como a lei da gravidade ou a fórmula da água. Eles não dependem das circunstâncias ou do tempo: o que foi estabelecido por Deus continua funcionando da mesma forma.
Um exemplo de que o dízimo é um princípio está em Malaquias 3:10.
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal que dela vos advenha a maior abastança.”
Malaquias 3:10
Este princípio é claro:
- Ação: Trazer o dízimo à casa de Deus (um ato de obediência e honra).
- Resultado: Deus garante provisão e bênção abundante.
Mesmo fora da Lei de Moisés, o princípio do dízimo continua válido. Quando Abraão deu o dízimo a Melquisedeque (Gênesis 14:20), ele não estava cumprindo uma regra, mas reconhecendo Deus como a fonte de sua vitória. O princípio permanece: quem honra a Deus com seus recursos experimenta a provisão divina.
Um exemplo de que a oferta é um princípio está em 2 Coríntios 9:6-7.
“Aquele que semeia pouco, pouco também colherá; e o que semeia em abundância, em abundância colherá. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.”
2 Coríntios 9:6-7
Aqui está o princípio da semeadura e colheita aplicado à oferta:
- Ação: Ofertar com generosidade e alegria.
- Resultado: Colheita proporcional à semeadura e favor divino.
Um exemplo prático pode ser encontrado na história da viúva de Sarepta (1 Reis 17:7-16). Ela ofertou o pouco que tinha ao profeta Elias, mesmo em um momento de escassez. Por esse ato de fé e obediência, Deus multiplicou sua provisão, garantindo que sua farinha e azeite não acabassem durante toda a seca.
Resumindo os princípios
- Dízimo: É o princípio da provisão e proteção divina. Quando você devolve o dízimo, reconhece que Deus é a fonte de tudo, e Ele promete cuidar de você e abrir as portas do céu.
- Oferta: É o princípio da semeadura e colheita. Quando você oferta com generosidade, está plantando sementes que Deus multiplica, tanto em bênçãos materiais quanto espirituais.
Esses princípios são imutáveis, porque refletem o caráter de Deus: Ele é fiel para cumprir o que prometeu, independentemente do tempo ou das circunstâncias.
Agora vamos àquela pergunta que não quer calar: o dízimo e a oferta são obrigatórios?
A resposta é: não! Mas, você deveria.
Vou te explicar melhor com o meu exemplo…
Minha Experiência de Vida com Relação a Dízimo e Oferta
Bem, em 2020, no auge da pandemia (Covid-19)… a empresa onde trabalhava começou a passar por alguns problemas. Haviam 8 anos que trabalhava nesta empresa, mas os últimos meses, comecei a passar por momentos difíceis ali dentro. Eu entendi que era hora de sair dali.
Pedi demissão! Mas aqui está o problema: eu não consegui outro emprego.
Só que eu não abaixei a cabeça. Investi nos meus estudos de forma independente e decidi empreender. Tentei 3 vezes. Nas duas primeiras tentativas eu quebrei, mas na terceira tentativa eu venci. Tenho uma empresa sólida e, hoje, ensino outras pessoas a aprender o que faço também.
Só que para chegar a esse ponto, eu passei por muitos problemas financeiros. Eu sempre fui um dizimista e ofertante fiel e nunca neguei nada a Deus nem a ninguém. Mas aquele momento em que estava vivendo de escassez financeira me fez tomar algumas decisões que mais me prejudicaram do que ajudaram.
O pouco que eu recebia com as vendas de contratos, eu pegava tudo para pagar as contas e alimentar minha família. E com isso, eu passei a reter o dízimo com medo de não sobrar ou fazer falta no fim do mês. Resultado? Eu estava confiando no dinheiro, e não em Deus.
Quando eu não dava o dízimo, a minha vida ia de mau a pior. Parecia que tudo dava errado e que meu esforço era em vão. Eu trabalhava 18hrs por dia, mas nunca tinha bons resultados financeiros.
Começava a dizimar, as coisas começavam a melhorar de novo. Mas o medo de faltar ou não ter dinheiro na semana seguinte me fazia reter o dízimo mais uma vez. Resultado? Tudo começou a dar errado de novo.
Foram 3 anos assim! Mas como eu estava desesperado, com medo e praticamente no olho do furacão, eu não conseguia enxergar o que estava acontecendo.
E não faltava oração não viu! Eu orava pra valer. Subia monte, fazia jejum, lia a palavra, frequentava os cultos corretamente, mas nada melhorava. A minha vida continuava indo de mau a pior.
Comecei a questionar porque mesmo orando, jejuado, lendo a Bíblia e fazendo tudo corretamente a minha vida parecia um inferno. Não é possível… tanta gente que nem merecia ter o que tem, mesmo sendo mau, prospera. E eu fico aqui sofrendo.
Cara, eu vivi sendo humilhado pelas pessoas, familiares e amigos. As pessoas me julgavam! Alguns diziam que eu não queria saber de trabalhar. Eu olhava pra situação, minha filha sem o que comer, minha esposa sem o que vestir… e nada dando certo.
Pensei em suicídio 3 vezes, até que na terceira vez eu tentei. Mas graças a Deus ele me livrou da morte. Depois disso tive crises de ansiedade, dois princípios de infarto e tudo continuava dando errado. Vivia recebendo cesta básica da igreja, as dívidas de cartão de crédito só aumentava, os impostos da empresa atrasavam e já estava acumulando mais de 10 aluguéis atrasados também.
Eu estava surtando! Pois não importava o quanto eu trabalhava, nada dava certo.
Até que um dia eu pedi por socorro! Liguei pro meu pai e ele veio até minha casa, precisava desabafar. Contei toda a história pra ele, ele orou por mim, e em seguida, me fez a seguinte pergunta: ”Filho, você está dizimando?”
Olhei pra ele, todo sem graça, e respondi: ”Não pai, infelizmente não.”
Naquela mesma hora as escamas caíram dos olhos e, pela primeira vez, eu entendi porque todas as coisas estavam dando errado e porque minha vida financeira estava travada, mesmo orando, jejuando e fazendo as coisas corretamente.
Naquele momento, eu me arrependi! Olhei para minha conta bancária, e só tinha R$426 reais para passar o mês. Tomei uma decisão e tirei o dízimo. Um mês depois eu comecei a ter clientes de novo batendo na minha porta.
Desafoguei um pouco, mas as coisas ainda estavam apertadas. O medo de tirar o dízimo e oferta de novo bateu na minha porta. A preocupação com o dia de amanhã me deixada ansioso.
Um belo culto de domingo, durante o momento dos dízimos e ofertas, o pastor leu os versículos de Malaquias 3:6-12, e o Espírito Santo falou comigo.
”Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos.”
Malaquias 3:6-12
Observe isso…
Logo de cara, o Senhor começa repreendendo o povo, exatamente porque eles se desviaram dos estatudos e princípios de Deus. E com isso Ele diz: ”volta-te para mim, e eu voltarei para vós”.
O que Deus estava dizendo para mim aqui? Filho, você se desviou da minha palavra, volta pra mim e eu me voltarei para você. E foi o que eu fiz, tanto é que eu voltei a dizimar.
Mas foi esse versículo aqui que mudou minha cabeça completamente:
”Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.”
Malaquias 3:9
Foi aqui que eu percebi porque mesmo orando, jejuando, lendo a Bíblia e indo a igreja não resolvia nada. Porque eu estava lutando contra um princípio, e princípio é imutável, lembra?
Minha vida financeira não estava travada porque estava em pecado, ou porque eu dei brecha para satanás ou algo do tipo. Foi porque eu não segui o princípio, e com isso, o próprio Deus é quem nos amaldiçoa. Não é o diabo, não é demônio, não é pecado, é o próprio Senhor quem nos amaldiçoa.
Depois de entender isso, no versículo seguinte o Senhor diz:
”Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.”
Malaquias 3:10
Aqui Deus nos desafia a colocá-lo à prova. Entregue o dízimo, e veja se Eu não vou derramar sobre você chuva de bençãos sem medida! E depois o Senhor diz:
”Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.”
Malaquias 3:11
O que Deus está falando aqui? Filho, se você me obedecer e devolver aquilo que me pertence (dízimo), eu vou repreender o devorador ao qual eu mesmo o amaldiçoei, para que não consuma o fruto da terra. Ou seja, so seu trabalho vai voltar a dar fruto de novo.
Depois que eu tive esse entendimento tudo fez sentido pra mim. Trabalhar 18hrs por dia não valiam de nada, porquê? Porque o devorador estava consumindo as sementes que eu plantava.
O meu problama não era falta de oração, jejum e trabalho, mas falta de obediência a palavra de Deus. Eu não estava cumprindo o princípo estabelecido por Deus.
Quando você retém o dízimo, é como se você estivesse dizendo para Deus: ”Senhor! Me amaldiçoa por favor”. E é isso que Ele faz. Só depois que você devolde o que não te pertence e coloca no altar do Senhor é que Deus repreende o devorador e sua vida financeira volta a fluir de novo.
Com tudo isso, quais foram as lições que eu aprendi sobre dízimo e oferta?
Muita gente se esforça: ora, jejua, vai aos cultos, faz tudo aparentemente “certo” e ainda assim vê a vida financeira desmoronar. Por quê? Porque, segundo a Bíblia, a área financeira é regida por princípios específicos: o dízimo e a oferta. Você pode orar e até trabalhar 18 horas por dia, mas se não respeitar esses princípios, é como tentar encher um balde furado.
Com isso eu aprendi duas coisas:
1. O dízimo é como um escudo espiritual
O dízimo, como vemos em Malaquias 3:6-11, é como um escudo espiritual que protege tudo o que você já tem. Deus mesmo promete:
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro […] e repreenderei o devorador por amor de vós.”
Aqui está o segredo: o devorador é aquele que suga o fruto do seu trabalho – dívidas, prejuízos, perda de clientes, imprevistos… Sem o dízimo, é como se você estivesse sem proteção, vulnerável. Deus permite que o inimigo toque no que é seu, e por mais que você trabalhe, não vê os frutos.
Agora, quando você entrega o dízimo, é como se dissesse: “Deus, cuida das minhas finanças”. E Ele cuida! É como colocar uma barreira divina ao redor do seu patrimônio. Nada nem ninguém pode tocar no que é seu. Seu trabalho prospera, as portas se abrem, e tudo o que você faz é abençoado.
2. A oferta é a semente que multiplica
Enquanto o dízimo protege, a oferta é a semente que multiplica. Esse é o princípio da semeadura e colheita, como ensinado em 2 Coríntios 9:6-7:
“Aquele que semeia pouco, pouco também colherá; e o que semeia em abundância, em abundância colherá.”
Se você só dizima, Deus protege o que você já tem. Mas, se quiser multiplicar, precisa ofertar. A oferta segue essa regra simples: quanto mais você planta, mais você colhe. Se você comer a semente (guardar só pra si), não haverá colheita. Mas se você plantar (ofertar), o crescimento é inevitável.
Veja alguns exemplos Bíblicos sobre o princípio da oferta:
- Lei da semeadura e colheita
“Tudo o que o homem semear, isso também colherá.”
Gálatas 6:7
Se você planta pouco, colhe pouco. Se planta muito, colhe em abundância.
- Dar ao necessitado
“Quem se compadece do pobre empresta ao Senhor, e este lhe paga o seu benefício.”
Provérbios 19:17
Toda vez que você ajuda alguém, Deus toma isso como um empréstimo e retribui.
- Oferta sacrificial
“Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordante vos deitarão no regaço.”
Lucas 6:38
Quanto mais você dá, mais Deus devolve – de forma transbordante.
Agora, como esses princípios funcionam na prática?
Imagine o seguinte cenário:
- Sem dízimo: Você trabalha duro, mas sempre falta. Parece que o dinheiro some.
- Com dízimo, sem oferta: Deus protege o que você tem. Você não perde, mas também não multiplica.
- Com dízimo e oferta: Além de proteção, vem a multiplicação. Sua colheita cresce de forma abundante.
Resumindo:
- O dízimo blinda o seu patrimônio e faz tudo o que você já tem prosperar.
- A oferta faz suas finanças crescerem exponencialmente.
Conclusão
Depois de entender esses princípios de dízimo e oferta, eu fiz um propósito com Deus. E para provar para o Senhor que eu não sou mais escravo do dinheiro e que confio nele 100%, eu passei a entregar 20% de tudo.
Ao invés de dar 10% de dízimo, eu passei a dar 20%, fora a oferta!
Resultado disso? Minha vida mudou completamente. Nunca vi minha empresa crescer tanto. Hoje posso dar uma vida melhor para a minha família, ajudar meus pais, investir na obra de Deus e abençoar outros irmãos.
Graças a Deus por tudo o que tenho vivido até aqui. Nunca estive mais feliz.
Mas agora eu te faço o desafio…
Se você quer uma vida financeira protegida e abençoada, entenda esses dois princípios:
- Dízimo: Protege tudo o que você já tem. É a sua blindagem espiritual.
- Oferta: Multiplica o que você tem. É a semente que garante uma colheita abundante.
Agora é com você: escolha viver alinhado com os princípios divinos e veja Deus agir poderosamente nas suas finanças!
Lembre-se: é uma escolha!
Você não é obrigado a dizimar, nem ofertar. Mas também terá que aguentar as consequências da sua escolha. Pense nisso!
O dízimo e a oferta tem mais a ver como a sua vida do que a do outro. E se ainda estiver com o coração endurecido com relação ao isso, peça a Deus que lhe dê um coração de filho, de ovelha, e que ele venha abrir seu coração para dizimar e ofertar com amor, generosidade e gratidão. Você não tem nada a perder.
Revista-se da armadura de Deus e viva uma vida de obediência em Cristo.
Espero que esta carta tenha te ajudado de alguma forma.
Deus te abençoe, abraços!